5 de fevereiro de 2008

Regulamento Campeonato Brasileiro 2008


Regulamento Geral


1. O número mínimo de participantes para que a etapa seja validada é de 10 (dez) pilotos.

2. Não haverá classificação por equipe.

3. Esta competição está prevista para ser realizada com 7 (sete) provas. Ocorrendo a realização de uma única prova válida, a competição e a etapa serão validadas. A competição não poderá ser prorrogada.

4. É obrigatório o uso, por parte de todos os pilotos e em todas as provas, de capacete, pára-quedas de emergência e um sistema duplo de engate.

5. Lastros ejetáveis, só se forem dispersáveis, água ou areia fina. Cintos e pesos que não possam ser acessados durante o vôo são considerados como carga, e são permitidos.

6. É aconselhável o uso de rádios transmissores para o apoio de resgate ou em caso de acidentes. A organização solicitará aos pilotos reservarem uma freqüência para ser utilizada nas emergências.

7. Nas provas deverá ser usado o sistema de decolagem de “JANELA ABERTA COM PORTÃO DE PARTIDA”. Este portão será um círculo virtual, com raio e centro em local a ser divulgado nos briefings das provas, podendo haver até 3 intervalos entre a abertura e o fechamento do portão.

8. O tempo de start do piloto será considerado como o último momento em que ele entrar ou sair do círculo, conforme a determinação do briefing da prova do dia, antes de completar qualquer outro objetivo da prova. A não comprovação do horário de largada, ou última saída/entrada do start antes do horário previsto para a primeira largada, acarreta a perda do vôo ao piloto, pontuando apenas com a distância mínima.

9. A única responsabilidade da Comissão Técnica, eleita pelos pilotos inscritos para a etapa, é reunir-se na decolagem para a escolha da prova do dia (pilões, gol e horários de janela e portão de decolagem). Somente esta comissão poderá decidir a prova.

10. Para esta competição a Comissão Técnica não poderá escolher provas com distâncias inferiores a 35 km. Caso isto ocorra, a prova será invalidada.

11. Após receber a escolha da prova, e até 15 minutos antes da abertura da janela, o Juiz Geral deverá fazer um briefing para divulgar esta escolha e preparar um quadro de avisos na rampa com os detalhes da prova do dia. É obrigação do piloto inteirar-se da prova do dia.

12. Os pilotos deverão respeitar o corredor de decolagem. O Juiz Geral e os Juízes de Rampa darão instruções para a correta distribuição das asas nos locais de montagem. O Juiz Geral tem autoridade para desclassificar e/ou penalizar em pontos o piloto que insistir em permanecer no corredor de decolagem.

13. Todo piloto que falhar na sua tentativa de decolar poderá decolar novamente.

14. Cada piloto só poderá efetuar um vôo por prova. Pousar na decolagem é permitido, desde que seja em caso de necessidade, podendo o piloto decolar novamente.
15. Tendo decolado um só piloto, não poderão ser feitas modificações na prova.

16. É obrigatório o uso de GPS para comprovação do vôo. O piloto pode utilizar um GPS backup.

17. Apenas alguns modelos de GPS são aceitos para marcação de vôo (Apêndice I). Ao fazer a inscrição, o piloto deve preencher a ficha de inscrição com o modelo e nr. de série do GPS. Durante a inscrição, a organização oferecerá o serviço de carregamento dos dados de pilões e gols nos GPS dos pilotos.

18. Na marcação do vôo, os pilotos deverão entregar seus GPS para análise, que será prontamente devolvido, com a confirmação ou rejeição do vôo. Em caso de rejeição, o piloto poderá apresentar o GPS de backup para confirmação.

19. É obrigação do piloto verificar que seu GPS está operacional, inclusive com relação à carga de pilhas, e configurá-lo de acordo com as especificações fornecidas pela Organização (Apêndice I). Em hipótese alguma o Mark+Enter poderá validar um ponto de contorno.

20. Para comprovar um pilão, o registro do GPS deverá indicar que o piloto passou dentro de um círculo com raio de 400 metros, com centro na coordenada fornecida pela organização. É obrigatório que o registro do GPS do piloto mostre pelo menos um ponto dentro do círculo, ou que a reta traçada por dois pontos, separados no máximo por 30 segundos, passe dentro do círculo.

21. O track log deve mostrar para cada pilão, starting gate e gol virtual, pelo menos um ponto dentro do cilindro de raio definido e com centro na coordenada fornecida pela organização; ou a reta traçada entre dois pontos contínuos , separados no máximo por 30 segundos, deverá cruzar o círculo. Para comprovação do vôo é permitido a utilização simultânea do GPS principal e backup.

22. A organização poderá indicar marcos de referência próximos às coordenadas, no entanto, o ponto de contorno considerado será sempre a coordenada fornecida.
23. No caso do não cumprimento de um objetivo, a distância voada será considerada como o ponto mais próximo que o piloto tiver chegado do pilão, conforme a trajetória do vôo no GPS.

24. O fechamento do tempo de vôo poderá ser gol virtual, um circulo ou semi-círculo com um raio de até 400 metros da coordenada fornecida; ou com uma linha de até 400 metros com meio, à direita ou à esquerda da coordenada fornecida ou feito pelo juiz de pouso e uma faixa, com 100 metros para cada lado desta coordenada, posicionada perpendicular à trajetória da última perna da prova. A faixa deverá ser cruzada, no mínimo, com o bico da asa no sentido de chegada do vôo. Não havendo juiz de pouso e faixa no local da coordenada fornecida, automaticamente o fechamento do tempo será feito no sistema de gol virtual com círculo de raio de 400 metros.

25. Para uma prova ser válida é necessário que a janela fique aberta no mínimo por 30 minutos e que no mínimo 30% dos participantes tenham decolado.

26. A pontuação e o fator de validade da prova obedecerão ao critério do sistema GAP, conforme normas publicadas pela FAI.

27. Uma das responsabilidades dos pilotos é voar de forma segura, respeitando as normas de segurança e de tráfego aéreo. Pilotos que não respeitem as normas de tráfego aéreo ou envolvidos em colisões em vôo serão penalizados. Em função da gravidade da falta, a penalidade poderá ser em pontos perdidos, em desclassificação da prova ou em desclassificação da competição.

28. Uma asa chegando a uma térmica deve entrar no mesmo sentido de rotação estabelecido pelo primeiro piloto que ali chegou, independentemente da posição ou diferença de altura entre eles.

29. Por razões de segurança, os pilotos deverão seguir uma rotação obrigatória nas térmicas ao redor da decolagem (dias pares = direita, dias ímpares = esquerda).

30. Acrobacias e rasantes durante as provas são proibidos.

31. Pilotos que se apresentem para decolar sem suas condições físicas normais serão proibidos de decolar para a prova.

32. O Juiz Geral só tem o poder de cancelar ou interromper uma prova, depois de alguns ou todos os pilotos terem decolado, por falta de condições de segurança de vôo. Nesses casos o Juiz Geral deverá consultar a Comissão Técnica da Etapa antes de decidir pelo cancelamento da prova. A decisão deverá ser anunciada na decolagem e na área de pouso.

33. A prova é considerada interrompida e a pontuação será calculada se, no mínimo, já estiver decorrido uma hora da abertura do start ou se um piloto houver completado o percurso da prova.

34. O Juiz Geral e seu staff não têm a responsabilidade de informar pessoalmente a todos os pilotos sobre o cancelamento da prova. Esta informação será dada na freqüência de emergência.

35. Nenhuma pontuação será calculada ou divulgada se a prova for cancelada. Se a prova for interrompida, a posição de cada piloto será calculada no instante da interrupção da prova.

36. O local do QG da competição e o horário da marcação dos vôos serão divulgados no briefing. Os pilotos deverão obrigatoriamente trazer seu GPS (principal e backup) para a marcação do vôo.

37. O piloto que não marcar o seu vôo, sem apresentar uma justificativa plausível, terá a pontuação de distância mínima.

38. As asas poderão ser substituídas durante a competição, desde que comunicado ao Juiz Geral.

39. Protestos serão aceitos no prazo máximo de 24 horas após a divulgação do resultado, desde que efetuados por escrito, em formulário próprio, e acompanhados de uma taxa de protesto no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Esta taxa será devolvida em caso de deferimento. O prazo para protestos na última prova é de 30 minutos após a divulgação dos resultados.

40. Os protestos deverão ser encaminhados ao Juiz Geral que deverá complementá-lo com sua opinião e serão julgados por Comissão composta por 3 competidores, eleitos em votação específica para isso.

41. Não cabem quaisquer reclamações ou protestos por desconhecimento da prova ou falta de comprovação do vôo através do GPS.

42. O Juiz Geral tem o poder de desclassificar pilotos e/ou aplicar penalizações em pontos se eles não seguirem as normas aqui estabelecidas ou mostrarem atitudes antiesportivas contra outros pilotos, assistentes, autoridades ou o público em geral.

43. O Juiz Geral também pode aplicar penalizações ou desclassificar pilotos por manobras perigosas em vôo, vôos não condizentes com o evento ou por demonstrada inabilidade técnica.

44. Pilotos que não comparecerem à cerimônia de encerramento e não apresentarem justificativa, perderão o direito à premiação oferecida, que será integralmente revertida para o fundo de reserva da festa de encerramento do Circuito Brasileiro de Vôo Livre.

45. Os organizadores do evento, bem como as pessoas sob seus comandos, eximem-se de quaisquer responsabilidades por imperícias e/ou acidentes que porventura venham a ocorrer com os pilotos ou provocados por eles a terceiros. Os pilotos assumem seus próprios riscos.

46. Os pilotos autorizam a filmagem e fotografia de todos os seus vôos, treinos e solenidades e o uso dessas imagens para, e somente para, propaganda, promoção e publicidade do evento. Os pilotos autorizam também a divulgação dos track logs de todos os seus vôos.

47. Qualquer regulamento adicional será notificado no primeiro briefing e fará parte integrante deste.

48. Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria Técnica da ABVL.

Regulamento – ASCENDENTE

1. No Campeonato Brasileiro de Asa-Delta existem duas categorias de pilotos: ELITE e ASCENDENTE.

2. Serão considerados pilotos da categoria ELITE os primeiros 16 pilotos do Ranking Brasileiro do ano anterior, além de todo piloto que já estiver integrado oficialmente a Equipe Brasileira em Campeonatos Mundiais (FAI); que tenha sido Campeão Brasileiro; que tenha conquistado o título de Campeão ou Vice-Campeão Brasileiro da Categoria Ascendente; pilotos nível 5; ou que tenha se classificado entre os 6 primeiros de qualquer das etapas do Circuito Nacional, a partir de 2003.

3. ASCENDENTES são todos aqueles pilotos que participam ou não do Circuito Brasileiro e que NÃO estejam incluídos no item acima.

4. Somente serão aceitos nas competições pilotos credenciados, no mínimo em nível III, há 6 meses.

5. Todos os pilotos inscritos na Competição disputarão os prêmios e colocações do evento.

6. Somente os pilotos da categoria ASCENDENTE disputarão os prêmios e colocações desta categoria.
7. Em caso de premiação em dinheiro, fica estipulado que, sempre, 20% do total de prêmios a serem distribuídos caberá à categoria ASCENDENTE e será distribuído de acordo com as melhores colocações dentro desta categoria.

8. Todo piloto que iniciar o ano na categoria ASCENDENTE poderá disputar nesta categoria até o fim da temporada, mesmo que após uma ou duas etapas esteja entre os 16 melhores do Ranking Brasileiro ou entre os 6 primeiros de uma das etapas do ano.

Apêndice I – GPS

O GPS é utilizado como a única evidência para comprovação do vôo.
Modelos aceitos

São aceitos para comprovação de vôo apenas GPS da marca Garmin, Compeo, Flytec e MLR. Os modelos aceitos são: 12, 12XL, 40, 45XL, 90, 90XL, II, II+, III, III+, emap, summit, 76, 72.

Quaisquer outros modelos deverão ser apresentados previamente à Organização, que poderá ou não permitir a sua utilização para comprovação de vôo.
Validade dos dados

Para ser considerado válido, o track log do GPS deve satisfazer as seguintes condições:

* Deve conter no mínimo 2 minutos de dados, e no mínimo 5 pontos contínuos antes e depois de qualquer pilão e starting gate.

* Todos os pontos devem apresentar marcação de data e hora válidas e consistentes com os demais pontos.

* São considerados pontos contínuos aqueles que não tem mais do que 30 segundos de diferença ao seu predecessor.

Configuração do GPS

1. Configure o seu GPS para utilizar o formato ddo mm.mmm’ e o Map Datum WGS 84. (estas configurações estão em Setup / Navigation). A lista de coordenadas está neste formato.

2. Insira a lista oficial de coordenadas de pilões, gols e starting gates no GPS. Você pode também apresentar seu GPS no dia da inscrição para que a organização transfira automaticamente todos os dados para você.

3. Coloque o intervalo do track log para marcação por tempo, e configure o tempo para 20 segundos nos GPS Garmin 12, 12XL, III, III+; 10 segundos nos modelos emap, etrex e summit; e 30 segundos nos outros modelos.

4. Atenção: Não deixe o GPS configurado para marcação automática do track log. Deve ser configurada a marcação por tempo.

5. Configure o GPS para gravar os dados de track log, e coloque o tipo de gravação para cobertura (Wrap) e não enchimento (Fill).

6. Crie um waypoint especial, cujo nome deve ser um traço ( “-“ ) seguido pelo seu número de inscrição.

7. Antes de todas as provas, zere o track log e apague os waypoints que não sejam os oficiais da competição.

8. Traga seu GPS com você para a marcação do vôo.

Atenção: Verifique sempre antes da decolagem a carga das baterias do seu GPS. Não é recomendável a utilização de baterias recarregáveis.

Qualquer dúvida na configuração do seu GPS procure um membro da Organização, que estará a sua disposição para ajudá-lo e retirar suas dúvidas.

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